quarta-feira, 11 de março de 2009

Interrogações

O que somos? Verdades? Mentiras? Contradições? Somos muitos? Somos poucos? Livres? Presos? Indecisos? Arbitrários? O que vale a nossa vida? Viver? Morrer? Festejar, talvez? O que queremos? Roupas? Dinheiro? Alegrias? Saudades? E o amor, virá? Paixões? Loucuras? Equilíbrio? O que fazemos? Onde está nossa alma? Ouvimos? Entendemos? E fazemos?

O que vem depois? O progresso? A evolução? Regressão nas ações? A ambição tecnológica se chegue e nos cega? A banalidade é tão ruim? E a especialidade é tão boa? E os crimes? Quem irá catalogar os Deuses todos? Quem poderá sentir o perfume que nos entorpece? E nos entorpecemos?

O que escrever? Nada? Tudo? Difícil? Fácil? O que tem mais valor? Podemos viver sem amanhecer? E se anoitecêssemos? Tempo? Invenção? Transcende nos lábios a pouca verdade sem interrogação. Chegamos a algum ponto. Disperso. Só. Se olhar com atenção poderá discorrer sobre algo. Filosofar? Ser ou não ser? Que seja gratuito. Honesto. Estamos aqui, ali, acolá a procurar nossa identidade que se perde, esvazia, dissolve-se.

Tanta interrogação não servirá pra nada se não buscamos respostas. Estas não são necessariamente verdades absolutas e sim um nosso olhar sobre o mundo. Sobre nós mesmos. O medo pode corroer, a saudade sufocar, mas a (in)definição é o maior mal. Toda pornografia é agressiva porque no fundo ela é o que é, sem maquiagens, sem se salvar no meio de tudo. Não seja pornográfico, mas seja sim tua verdade. Defendida, honrada todos os dias. No fim não será o mais perfeito, mas será uma pessoa e não uma mera personagem.


Henrique Pires

Um comentário:

Unknown disse...

Gostei, gosto de ler coisas assim, o bom é que me deixa mais confuso ainda com essa vida complicada hahaha...