Portugal que sempre ouvi falar
De terras e aldeias que iludiram minha infância
Na verdade participei de suas guerras não históricas, mas pessoais
Tenho sangue de colonizador
Tenho sangue de colonizado
Fico no Brasil e me crio
Não quero mudar meu escudo
Que é meio pouco e muito criativo
Portugal que me trouxe o gosto literário
Roubou-me a carta de alforria
Deu-me a melancolia, o passo mais arraigado
Lugares que não conheci, convive somente
Entre fados e fatos
Tentei buscar em mim o meu canto
Todo canto é menor do que a vida de qualquer pessoa
É registro apenas
Mas, não para o português
E da África vieram os colares
As essências sempre presentes
E no Brasil cá estou
E não me mudo porque é nele que sou filho
De uma mãe distante
De um pai guerreiro
Henrique Pires
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
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